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A próxima grande competição de seleções, volta a realizar-se em França, com o Euro 2016. Há 18 anos, também foi lá realizado o Mundial e a grande estrela na altura era... Ronaldo. Não o nosso Cristiano, mas sim... o Fenómeno.

 

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Considerado o melhor jogador do Mundo para a FIFA em 1996 e 1997, já levava a canarinha às costas, com tenra idade.

 

No dia 12 de Julho de 1998, com as famosas chuteiras R9, Ronaldo não conseguiu jogar ao seu nível e a França, foi pela 1ª vez, campeã mundial. Passado os tais 18 anos, ainda se analisa o eclipse do jogador no jogo mais importante do Mundo de 4 em 4 anos. São vários os motivos evocados, tais como stress, ataque de ansiedade ou até mesmo ataque epilético, antes do jogo.

 

No Mundial de 2002, voltaram todos a duvidar da sua capacidade física, devido às lesões no joelho. Desta feita, acabou por vencer a competição e sagrou-se no melhor marcador da prova. Mesmo assim, durante o torneio, admitiu que optou por um corte de cabelo pouco comum, para desviar a atenção dos problemas físicos que tinha.

 

Uma imagem até pode valer mil palavras, mas isso é pouco para um jogador tão talentoso. Por isso, aqui fica uma compilação do que fazia este craque...

 

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publicado às 18:01

Jogos Olímpicos Rio 2016 - A realidade portuguesa

por Radiografia Desportiva, em 08.03.16

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A 5 meses de começar os Jogos Olímpicos 2016, já se pode perspectivar as reais possibilidades de trazer medalhas para Portugal. A 31ª Edição dos Jogos Olímpicos que decorre de 5 a 21 de Agosto, na cidade do Rio de Janeiro, conta com 28 desportos no seu programa.

 

O povo português, costuma ter uma grande exigência (que por vezes, não se iguala ao esforço proporcionado pelo estado) e há sempre sinais de tristeza, no final da maior competição desportiva mundial.

No entanto, não se pode exigir mais dos nossos excelentes atletas. Aliás, só temos de lhes estar gratos, pela entrega diária e muitas vezes, sem grandes apoios.

 

Portugal, já conquistou várias medalhas em Jogos Olímpicos. Em Londres, foi conquistada apenas uma (de prata) na modalidade de canoagem (Fernando Pimenta e Emanuel Silva). Foi de prata, mas até podia ter sido ouro, já que ficaram a apenas 53 milésimos da dupla húngara, que conquistou o primeiro lugar.

 

E nos últimos 3 anos e meio? Voltou-se a falar e a enaltecer este feito histórico? Não. Perguntem às primeiras 10 pessoas com quem estiverem depois de ler esta publicação, quem são Fernando Pimenta e Emanuel Silva. Depois disso, façam a mesma pergunta sobre quem é Iker Casillas e Rui Patrício (por exemplo). Possivelmente, conseguirão tirar uma conclusao rápida.

 

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Em 2008, foi um excelente ano, já que Nélson Évora conquistou a medalha de ouro no triplo salto e Vanessa Fernandes, trouxe para terras lusas a medalha de prata no triatlo.

 

E de facto, tendo atletas de eleição, é fácil pedir medalhas. Mas não se pode exigir que as consigam. Por exemplo, Nélson Évora, é um exemplo de superação. Após uma longa paragem por lesão e mesmo após o ouro olímpico em Pequim, não desistiu e em 2015, conseguiu conquistar a medalha de bronze no triplo salto dos mundias de atletismo com 17,52 metros. Há esperança, voa Nélson!

 

"Não somos máquinas, mas agimos como tal" frase dita pelo triplo-saltador, ouro olímpico.

 

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A judoca Telma Monteiro, também é uma das favoritas a conquistar uma medalha. Mas, mais uma vez tem de se bater na mesma tecla e dizer... caso não ganhe, agradecer é pouco, por tudo o que fez durante estes anos pelas cores portuguesas (e esperar que Tóquio 2020, seja uma realidade).

 

Recentemente, foi operada ao ligamento lateral interno do joelho esquerdo pelo Dr. Pereira de Castro e cumpre agora um período de recuperação entre 10/12 semanas. Apesar da lesão, tem tempo para estar a 100% para os Jogos Olímpicos.

 

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Há mais atletas, com hipóteses de conquistar medalhas e de obter bons resultados. O futebol, liderado pelo treinador Rui Jorge, também poderá ter uma palavra a dizer...

 

Mas, a realidade de Portugal é que ainda estamos a anos-luz das grandes potências mundiais. Felizmente, o Comité Olímpico de Portugal, tem tentado dar a melhor resposta possível, para assegurar as melhores condições de preparação. Só assim, é possível atingir resultados de excelência.

 

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Por outro lado, há clubes que têm dado um grande apoio a atletas olímpicos e tentam também contribuir para a sua preparação.

 

No entanto, pondo a hipótese de Portugal não conseguir ter o seu nome nas medalhas olímpicas em 2016, o enorme sacrifício e persistência dos atletas, tem de ser valorizado. Até porque, sabemos que tudo farão para as conseguir!

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publicado às 18:45

Hoje é dia de... Miklos Fehér

por Radiografia Desportiva, em 25.01.16

Na crónica da Radiografia Desportiva "hoje é dia de..." o tema é sobre Miklos Fehér.

Faz hoje 12 anos que a tragédia aconteceu. No jogo entre o Vitória Sport Clube e Sport Lisboa e Benfica, uma paragem cardio-respiratória tirou a vida ao jogador húngaro de apenas 24 anos. As equipas médicas ainda fizeram tudo o que lhes estava ao alcance (nomeadamente manobras de reanimação) ainda no relvado e o atleta foi levado para o hospital, mas não conseguiu sobreviver.

 

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12 anos depois as memórias e as saudades permanecem vivas. O seu sorriso ficou eternizado em estátua.

 

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Como se sabe, os atletas são avaliados de forma muito rigorosa (principalmente nas equipas profissionais e atletas de alta competição), mas infelizmente casos como este ainda acontecem e é necessário a obrigatoriedade de exames de diagnóstico em formação e desporto amador.

A história clínica de cada jogador é fundamental para o conhecimento da sintomatologia de cada um e permite extrair dela o conhecimento global da situação clínica. O exame objetivo/físico, é um método de excelente especificidade para diferentes patologias cardíacas e auxilia a fazer um diagnóstico e a orientar o pedido subsequente de exames.

 

Relativamente à utilização de exames complementares de diagnótisco, a sua necessidade é sempre avaliada pela equipa médica e é imprescendível para saber se os atletas estão aptos a realizar atividade desportiva.

 

Há inúmeros meios complementares de diagnóstico em cardiologia, tais como:

- Electrocardiograma

- Ecocardiografia

- Provas de esforço cardio-respiratórias

- Registo de ECG dinâmico de 24 - 48 horas (Holter).

- Teste de tilt ou de inclinação em mesa basculante.

- Monitorização ambulatória da pressão arterial (MAPA).

- Angio TAC coronário (avaliação da anatomia coronária e as suas possíveis anomalias).

- Ressonância magnética cardíaca.

 

Por outro lado, todos os profissionais devem ter o curso de Suporte Básico de Vida e Desfibrilhador Automático Externo (DAE). Faz parte das competências necessárias para aumentar a capacidade de salvar uma vida.

 

Documento do INEM sobre Suporte Básico de Vida 

 

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 "Nasceste a chorar e toda a gente sorriu. Morreste a sorrir e toda a gente chorou".

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publicado às 00:36

A adesão, partilha e aprendizagem sobre assuntos relacionados com desporto e saúde, são o foco desta página. A vossa colaboração é fundamental e nesse sentido, a Radiografia Desportiva hoje inicia uma nova crónica: "Resposta aos leitores".

 

Vai ser recordada a publicação feita no facebook da Radiografia Desportiva e que suscitou algumas questões por parte do leitor Bruno Ferreira.

 

Desporto vs Saúde

"Não é fácil ser atleta de alta competição. Mais ainda, quando todos perspectivam uma carreira de sucesso e aos 24 anos, há historial clínico de lesões graves. É o caso de Sergio Canales, médio da Real Sociedad, que voltou a ter uma rotura do ligamento cruzado anterior (desta vez no joelho esquerdo).

Palavras do atleta após saber o diagnóstico clínico: "Muito obrigado a todos, não há palavras para agradecer a força que me dão. Sempre foi um privilégio para mim jogar futebol e não vai ser agora que vai deixar de ser".

Força e boa recuperação!"

 

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Questões:

1 - Quais os factores que levam a uma reincidência, de um atleta vigiado diariamente?

2 - Genética, preparação deficiente, ausência de reforço muscular ou prevenção de lesão? Ou simples "azar"?

 

1 - A avaliação clínica dos atletas de alta competição, tenta ser o máximo detalhada e tem como principal objetivo identificar potenciais focos de lesão e de doenças. Os resultados servem para desenvolver, junto com toda a equipa (treinador, médico, fisioterapeuta, entre outros) um trabalho de prevenção e tratamento de lesões. Os exames clínicos e avaliação através de exames complementares de diagnóstico, são muitos importantes para avaliar o estado da condição física dos atletas.

 

Há algumas medidas preventivas, tendo por base as lesões prévias de cada atleta. O reconhecimento atempado dos sintomas de lesão e a sua redução e/ou alteração da carga de treino, a reabilitação completa (estando implícito que o desportista apenas deve retomar a atividade desportiva no momento em que não tiver sintomas de dor, quando a sua amplitude de movimento estiver recuperada e se tiver recuperado a força muscular até um nível de, pelo menos, 90% da que tinha antes da lesão).

 

No entanto, o tecido reparado poderá não funcionar da mesma forma ou ser menos protector que o tecido original e provocar compensações no membro contralateral. Aqui, a importância de um bom ortopedista é fundamental!

A exigência do desporto de alta competição também não é propício a um período de espera elevado (pensa-se que é totalmente desajustado, atletas após uma ligamentoplastia estarem a jogar 4 ou 5 meses depois).

—Durante todo o processo de recuperação, qualquer falha na reabilitação poderá comprometer o resultado final. O neo-ligamento pode até estar anatomicamente íntegro, mas ser funcionalmente ineficaz (Noronha, J., 2000, citado por Almeida, I. B., 2005). 

 

2 - Há alguns estudos científicos que relatam que a lesão do ligamento cruzado anterior pode ter origem genética (sulco femural mais estreito, onde passam os ligamentos). De qualquer forma, é uma analogia sempre difícil de fazer e são necessários mais estudos científicos.

 

A cirurgia de reconstrução do ligamento cruzado anterior (normalmente) é feita através de enxerto de tecido conjuntivo do tendão patelar e sendo esse tecido mais resistente, é mais difícil uma nova rotura no joelho que passou pela cirurgia. De qualquer forma, é possível e caso haja compensações do joelho contrário, este torna-se mais vulnerável a lesão.

 

Por se tratar de um atleta de alta competição, inevitavelmente requer maiores exigências físicas e um treino adicional, pela necessidade de retomar a atividade competitiva no período mais curto possível, mas com a máxima segurança.

 

Todos os exercícios para prevenção de lesões devem ser feitos... para sempre! No membro operado e não operado.

 

Têm de existir objetivos para desenvolver a constituição muscular do atleta (aumento— da produção de potência muscular) e linhas orientadoras do treino de força, tais como:

- seleção do exercício

- frequência do treino

- séries

- repetições

- resistência

- progressão da carga

- velocidade de execução

- amplitude dos exercícios

- respiração normalizada durante o exercício

(Kjaer, M. et al., 2003).

 

A maioria dos programas de treino neuromuscular incluem exercícios de equilíbrio, estabilidade dinâmica, exercícios pliométricos e exercícios específicos do desporto (incluindo o equilíbrio e salto) (von Porat, A., Henriksson, M., Holmström, E. & Roos, E. M., 2007).

 

Em relação à última pergunta "ou simples azar?"... é sempre difícil de responder. Certamente, que as equipas técnicas estão preparadas para este tipo de situações. Mas infelizmente, continuam a acontecer. A melhor forma de as minimizar, é continuar com programas de prevenção de lesões.

 

Nesse sentido, ficam alguns exercícios que se podem fazer...

 

 

Almeida, I. B. (2005). Protocolo de recuperação após ligamentoplastia O.T.O. do LCA. EssFisioOnline, 1 (2), 26-39.

 

Kjaer, M., Krogsgaard, M., Magnusson, P., Engebretsen, L., Roos, H., Takala, T. & Woo, S. (2003). Compêndio de medicina desportiva: ciência básica e aspectos clínicos da lesão desportiva e da actividade desportiva. Instituto Piaget: SIG.

 

von Porat, A., Henriksson, M., Holmström, E. & Roos, E. M. (2007). Knee kinematics and kinetics in former soccer players with a 16-year-old ACL injury: the effects of twelve weeks of knee-specific training. BMC Musculoskeletal Disorders, 8 (35), 1-10.

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publicado às 22:49


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