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Exercício na obesidade - Nunca é tarde para começar...

por Radiografia Desportiva, em 04.04.16

Têm existido vários incentivos e até mesmo programas televisivos (como o "The Biggest Loser") que incentivam as pessoas a alterar a forma como se alimentam e como gerem o seu dia-a-dia a nível físico. 

 

A obesidade resulta de um excesso de gordura corporal que por norma, tem com consequência um prejuízo significativo para a saúde.

 

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Há diferenças entre excesso de peso e obesidade. Considera-se que pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) entre 25 e 29,9 têm excesso de peso, enquanto que IMC’s superiores a 30, são característicos de pessoas obesas (McArdle, W. et al., 2003).

 

Os pequenos excessos diários, são os grandes responsáveis pelo aumento quase exponencial da obesidade (incluindo obesidade pediátrica). Apenas nos países da Europa do Norte (Noruega, Finlândia e Suécia) existem leis claras e restritivas, a regulamentar a publicidade alimentar (Lean, Lara & O'Hill, 2006). A obesidade é um problema que tem aumentado em todo o mundo e atinge cada vez mais as crianças, que não têm maturidade suficiente para perceber as consequências de uma má alimentação (Kushner, 2006).

 

Nesta medida, é necessário começar a falar (ainda mais) da importância do exercício, em paralelo com uma cuidada alimentação. Os resultados da realização de exercício físico dinâmico e regular estão associados à diminuição de peso e gordura corporal.

 

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A American College of Sports Medicine (ACSM) recomenda como primeiro objetivo, a realização de pelo menos 150 minutos de exercício por semana, de intensidade moderada. No entanto, para a perda de peso a médio/longo prazo, é necessário maiores quantidades de exercício. A ACSM também recomenda a realização de exercícios de resistência, no sentido de complementar o programa de exercícios de endurance.

 

A prescrição de exercício deve enfatizar o gasto de energia, mas deve ser o mais agradável para a pessoa e deve encaixar-se no seu estilo de vida.

 

- Modo: exercícios sem suporte de peso, caminhadas, aumento da intensidade nas atividades diárias e treino de resistência.

- Frequência: diariamente ou pelo menos 5 sessões por semana.

- Duração: 40 a 60 minutos por dia ou 20 a 30 minutos 2 vezes ao dia.

- Intensidade: 50 a 70% do VO2 máximo.

Quando o risco de lesão é reduzido e a pessoa está mais tolerante ao exercício, podem ser sugeridos exercícios de intensidade de 70 a 85% do VO2 máximo.

 

A prevenção de lesões deve ser sempre tida em conta na realização de exercício para adultos obesos. Isto porque, o excesso de peso pode exacerbar a existência de problemas articulares, musculares e/ou tendinosos. Exercícios de flexibilidade, aquecimento e retorno à calma, progressão de exercícios (maioritariamente exercícios de baixo impacto) hidratação e roupa adequada, são aspectos a ter em conta.

E quem diz que não tem tempo para fazer exercício, tem de pensar nas consequências disso.

 

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Lean M., Lara J., O'Hill J. (2006). ABC of obesity: strategies for preventing obesity. BMJ, 333: 959-62.

Kushner, R. (2006). Medical Management of Obesity. in Buchman, A. Clinical Nutricion in Gastrointestinal Disease. Thorofare: Slack Incorporated.

McArdle, W. et al. (2003). Fisiologia do Exercício – Energia Nutrição e Desempenho Humano. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.

 

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publicado às 20:07


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