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Página de desporto e saúde, que pretende dar uma análise global sobre performance desportiva (individual e coletiva), prevenção e reabilitação de lesões.
Este ano, a procissão ainda vai no adro, mas é sempre recomendável recordar bons exemplos. De conquista e de saber ganhar.
Celebração de título de campeão com atleta com Esclerose Lateral Amiotrófica
Vale a pena ver e rever. E rever. E rever...
O Viktoria Plzen, na altura venceu o campeonato da República Checa (2015) e teve um gesto que sensibilizou tudo e todos, ao dedicar o troféu a Marian Cisovsky, jogador que sofre de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA).
A ELA é a terceira causa mais comum de doença neurodegenerativa e é conhecida por afetar os neurónios motores do cérebro e da medula espinhal (envolvendo também) as células da glia.
Esta patologia, acaba por evoluir para uma paralisia motora progressiva e irreversível, é raramente familiar, sendo na sua maioria de causa desconhecida. A falta de biomarcadores credíveis, dificultam o seu diagnóstico e a ausência de fármacos eficazes contribui para o seu mau prognóstico.
Três anos após o desafio dos baldes de água gelada (Ice Bucket Challenge, que coincidiu com bastante dinheiro angariado) permitiu várias conquistas na descoberta da patologia, nomeadamente de um gene que contribui para a esclerose lateral amiotrófica, o NEK1.
Na base da campanha está uma analogia: quando um doente recebe o diagnóstico, é como se lhe despejassem um balde de água gelada. No caso deste jogador, foi mais champagne e que com certeza, deu-lhe um enorme ânimo para o que se avizinha.
O desporto e neste caso, o futebol, foram um exemplo para todos. Que seja sempre assim nesta época desportiva.
Radiografia Desportiva - a sua página de desporto e saúde.
A Radiografia Desportiva estava à espera do final dos Jogos Paralímpicos, para fazer uma análise às duas grandes competições que acontecem de 4 em 4 anos. A partir do dia 21 de Setembro de 2016, podem esperar fotografias exclusivas do recinto da vila olímpica e uma análise da maior competição desportiva mundial.
Mas, perante um comentário público sobre os Jogos Paralímpicos, é necessário respostas à altura. E foi o que aconteceu hoje nos Jogos Paralímpicos.
O jornalista Joaquim Vieira fez (graves) declarações sobre os Jogos Paralímpicos. "Sou só eu a achar que os Jogos Paralímpicos são um espetáculo grotesco, um número de circo para gáudio dos que não possuem deficiência, apenas para preencher a agenda do politicamente correto?"
Sinceramente, é difícil perceber a forma como alguém percebe o mundo desportivo assim. A melhor forma de resposta... veio da própria competição.
Na passada noite deste domingo (11 de Setembro) o argelino Abdellatif Baka terminou a prova dos 1500 metros da classe T13 com o tempo recorde de 3 minutos 48 segundos e 29 centésimos.
Este tempo era suficiente para ganhar a medalha de ouro... nos Jogos Olímpicos 2016!! A mesma prova nessa competição foi ganha pelo americano Matthew Centrowits com 3 minutos e 50 segundos.
Não é a primeira vez que acontece, mas é mais uma prova que nesta competição, todos os atletas são de grande qualidade. Nas 23 modalidades paralímpicas, temos assistido a momentos de desporto inspiradores. É pena que nem todos pensem assim...
Há um método, cada vez mais utilizado no desporto de alta competição. O Physio-Recup, tratamento de crioterapia ao corpo inteiro, decorre no interior de uma cabine individual com temperaturas negativas.
Os profissionais de saúde, utilizam muito este tipo de abordagem para acelerar a recuperação muscular em atletas.
A tecnologia é cada vez mais decisiva para o sucesso desportivo. Já lá vai o tempo, em que para praticar alguma modalidade desportiva, todos vestiam apenas uma t-shirt, uns calções e o calçado próprio da vertente que se ia praticar. A ciência, invadiou por completo o desporto.
Para o bem e para o mal. Há quem exagere em acessórios tecnológicos e aplicações de telemóvel (na sua maioria, desportistas de ocasião).
Para além de sistemas de vídeo e análise qualitativa e quantitativa para objetivar os resultados de treino e jogo, agora a tendência passou a ser: roupa "inteligente".
A marca Ralph Lauren, criou o Polo Tecnológico, um artigo desportivo com chip's que funcionam de forma parecida a uma braçadeira. Não há qualquer interferência no conforto por parte de quem usa e consegue-se fazer o controlo do movimento, respiração, frequência cardíaca, entre outras variáveis.
Através de ligação Bluetooth, todos os dados podem ser transferidos para um dispositivo móvel, em tempo real.
De qualquer forma, todos estes avanços de tecnologia, não servem para nada... se não houver rigor e disciplina no treino desportivo.
Hoje a caminho do trabalho, estava a ouvir a Rádio Comercial e foi difícil não escapar uma lágrima.
Estava a ser feita a antevisão do jogo de amanhã de uma forma breve, em que Portugal defronta a Áustria. Pouco depois, foi recordado o mítico jornalista e locutor desportivo, Jorge Perestelo, ao mesmo tempo que passava a música "Força" de Nelly Furtado.
Após ouvir esses minutos de rádio, pensei logo: "Já ganhei o dia! Tão bom recordar estes momentos."
O "Ripa na Rapaqueca", nunca mais foi dito, já que passado poucos meses, o homem a quem todos reconheciam a voz, deixou-nos. Nem sequer fazia parte do desporto das 4 linhas, mas isto do futebol... não são apenas 11 contra 11. É muito mais do que isso!
Na altura, era uma criança e vi-a o futebol, como a melhor forma para demonstrar o meu patriotismo (claro que agora, sei distinguir que não é por vestir uma camisola ou levar cachecol de Portugal, que o amor pelo meu país é maior ou menor).
O meu pai deu-me a oportunidade de ir ver a final do Euro 2004 ao vivo e foi um misto de emoções. A festa era de outro mundo, mas infelizmente a Grécia levou a melhor e foi a campeã. E eu queria tanto ter festejado aquele título com o meu pai...
O caneco escapou, mas a paixão, mantem-se. Pelo desporto e pela família.
Que o diga, Srna. O jogador da Croácia perdeu o pai, enquanto jogava o 1º jogo do Euro, contra a Turquia. Abandonou temporariamente a sua seleção para ir ao funeral e no jogo de hoje, durante o hino... chorou e comoveu todos à sua volta.
O jogador assumiu que era o momento mais complicado que enfrentava até hoje e que só regressou, apenas porque o pai lhe teria dito, que o queria ver na competição, independentemente do que acontecesse.
A concentração, a auto-confiança e a preparação mental, para além da motivação e capacidade para controlar a ansiedade, são alguns dos parâmetros essenciais no desporto de competição. Mas Srna, devia estar ainda com o seu pai.
E a melhor forma de se voltar a entregar à sua seleção, foi os seus colegas estarem com ele. Tanto nos momentos de felicidade... como nos momentos menos bons.
A Croácia dominou, esteve a ganhar por 2-0 (nos festejos foi notória a preocupação de festejar com Srna) mas em 14 minutos, sofreu 2 golos e deixou-se empatar. Daqui a uns anos, o resultado não vai interessar. O desporto, é muito mais que um jogo.
No dia em que o Sevilha conquistou pela terceira vez consecutiva a Liga Europa (nos últimos 10 anos, conquistou esta competição por 5 vezes) e a poucos dias da final da Liga dos Campeões (100% espanhola), é pertinente falar na supremacia espanhola no futebol. Mas não é só no futebol. Há referências e muitos títulos em outras modalidades, com carimbo dos "nuestros hermanos".
Os andaluzes, venceram na final o Liverpool por 3-1. Isto depois de estarem a perder ao intervalo.
Se têm melhores jogadores? Talvez não. Mereceram ganhar? Sim. Foram mais eficazes e na altura decisiva, a experiência vencedora, superou a audácia da equipa de Jurgen Klopp.
Na outra final europeia (vai-se disputar a 28 de Maio de 2016) estarão frente-a-frente as principais equipas de Madrid: Real e Atlético.
Vai haver a reedição da final de Lisboa de 2014, disputada no Estádio da Luz e ganha pela equipa merengue. Após ter conseguido a tão desejada "décima", a melhor equipa do século XXI, vai tentar a 11ª Liga dos Campeões em 14 finais. Já o Atlético de Madrid (que para muitos, até é favorito na final) vai tentar estrear-se como vencedor da prova.
E no meio disto tudo, ainda há o Barcelona. Este ano não está presente nestas andanças, mas voltou a sagrar-se campeão espanhol (ganhou por 6 vezes, nos últimos 8 anos) e ainda o ano passado ganhou o famoso triplete (campeonato, taça do Rei, e Liga dos Campeões). Na última década, venceu a última competição citada por 4 vezes.
Contas feitas... ficam poucas competições para as restantes equipas europeias. Pontualmente, as equipas inglesas têm tentado intrometer-se na luta, o PSG está a construir uma equipa para ser a curto/médio prazo um colosso e Bayern Munique, até é dos principais candidatos a vencer sempre as principais provas, mas desde Jupp Heynckes que "morre na praia".
Por outro lado, a nível de selecções, continua a ser considerada uma das melhores do Mundo! E os resultados, explicam o porquê. Apesar da má prestação no Mundial de 2014, conseguiu algo inédito: a conquista do Euro 2008, Mundial 2010 e Euro 2012.
O sucesso espanhol está à vista de todos. Até se pode apelidar a Premier League como a melhor competição de clubes na Europa ou considerar a Alemanha como a selecção mais temida. Mas, contra factos (actuais) não há grandes argumentos.
E não é só no futebol...
Até é difícil escolher a modalidade, tal a qualidade e quantidade.
Andebol, atletismo, automobilismo, basquetebol, ciclismo, esgrima, futsal, hóquei em patins, vela e/ou ténis, têm referências para todos os gostos.
Fernando Alonso, Pau Gasol, Alberto Contador, Rafael Nadal, Carlos Sainz (entre muitos outros) serão sempre dos melhores nos seus desportos. E a nível de competições e títulos, Espanha está também na linha da frente.
A realidade é que Portugal (e a maioria dos países mundiais) está muito distante de tantas conquistas. E não é por não termos atletas melhores (como Cristiano Ronaldo, Telma Monteiro ou Nélson Évora).
Mas a mentalidade vencedora e de capacidade de formação, ainda é diferente. É preciso uma pessoa/grupo/equipa/país habituar-se a vencer. E depois não querer sair mais dessa condição...
"Herrar, é umano".
Mas em saúde, ainda mais grave se torna. E os números, assustam qualquer um.
Os investigadores da Johns Hopkins University School of Medicine relataram que mais de 250 mil mortes por ano, são atribuídas a erros médicos. Ou seja, é a 3ª maior causa de morte nos Estados Unidos da América. Mais de 150 mil dessas mortes, são consequência de problemas respiratórios, por vezes mal diagnosticados.
De qualquer forma, os autores do estudo, alertam que a maioria dos erros médicos, não são graves (dando como exemplo: tratamentos pouco coordenados e interligados entre a equipa multidisciplinar, sistemas de seguro de saúde pouco funcionais e variações injustificadas nos padrões de prática médica).
Provavelmente, em forma de defesa, os investigadores também frisam que o estudo deve servir como reflexão e não com a intenção de punir judicialmente a classe médica.
Pode ler o artigo científico, aqui: "Medical error - the third leading cause of death in the US"
Vichai Srivaddhanaprabha, o dono do Leicester City, após ter conseguido conquistar a Premier League quando todos acreditavam que era impossível, decidiu agradecer o apoio da cidade local e doou 2 milhões de libras (cerca de 2,5 milhões de euros) para um hospital pediátrico!
De facto, esta equipa, não pára de surpreender... pela positiva!
O objectivo, para além das infra-estruturas, é ganhar diferenciação em todas as especialidades na sua componente infantil e quem sabe, se não virá de lá um novo Jamie Vardy para o clube.
Há cada vez mais pessoas a correr regularmente e a seguir provas de atletismo. Mas, associa-se sempre provas específicas como a de 100 metros masculinos, com o atleta Usain Bolt a aparecer como imagem de marca.
No entanto, o atletismo é mais do que isso. É constituído por um conjunto de 3 modalidades: corrida, lançamentos e saltos.
Na corrida, há a prova de estafetas. É uma manifestação coletiva de uma modalidade individual, em que o objetivo é finalizar os quatro percursos no menor tempo possível.
Vejam bem o vídeo (a partir do minuto 3), de uma das provas mais imprevisíveis de que há memória.
A expressão "Run, Forrest, Run!" do filme Forrest Gump, é bem empregue aqui. Completamente inacreditável o final da prova!
Pode-se considerar a prova de estafetas, como uma forma jogada da corrida de velocidade. Não chega só ser-se rápido, a técnica de passagem do testemunho deve também ser feita da melhor forma possível e (de forma obrigatória) na zona de transmissão.
Este tipo de corrida de velocidade, tem um grande conteúdo lúdico e desenvolve a cooperação e o espírito de grupo, até sendo integrada em inúmeros exercícios noutro tipo de desportos (como o futebol, basquetebol ou andebol).
Leicester City: da luta pela despromoção a campeão inglês. É das histórias mais bonitas de sempre no desporto e o treinador Claudio Ranieri, o "Rei" da Premier League, merece um grande destaque neste feito.
Como treinador, passou pelo Nápoles, Fiorentina, Valência, Atlético de Madrid, Chelsea, Juventus, Roma, Inter de Milão e Mónaco. Praticamente, são todos candidatos ao título. Mas foi no Leicester City, que ele escreveu uma página de sucesso no futebol mundial.
Em 64 anos de vida, nunca tinha sentido o que era ser campeão. Mas lutou e mereceu! Durante toda a temporada, praticamente todos duvidavam dos "foxes". Mas o tempo foi passando e continuavam no topo da tabela.
E contrariamente, ao que se possa pensar, não era uma obsessão esta conquista. Foi apenas uma boa consequência do trabalho realizado. Até porque no dia em que foi campeão, Claudio Ranieri foi almoçar com a mãe a Itália. Os festejos ficaram para depois...